Tire suas dúvidas sobre as questões abaixo:
Quando devo procurar um coloproctologista?
A necessidade de avaliação está vinculada aos seguintes sintomas:
- Dor e/ou sangramento ao evacuar;
- Prurido (coceira) anal;
- Saída de secreção purulenta perianal;
- Alteração no padrão evacuatório (constipação ou diarreia);
- Presença de muco nas fezes;
- Dor abdominal recorrente;
- História familiar de câncer colorretal ou pólipos.
Quais são os preparativos e como é realizada a colonoscopia?
Para que o exame seja bem-sucedido é importante uma preparação cuidadosa visando a eliminação de resíduos que possam prejudicar a visão do examinador. Tal preparação inclui dieta sem fibras e o emprego de medicação laxativa para acelerar o esvaziamento intestinal. O tempo necessário para a completa limpeza do intestino varia individualmente, podendo durar cerca de três horas na maioria dos casos. A colonoscopia pode ser realizada em ambiente hospitalar para proporcionar condições ideais de segurança e conforto ao paciente ou em ambiente ambulatorial que atenda a estas premissas. Como forma de compensar a perda de líquidos e sais minerais decorrente da limpeza intestinal, é recomendável a infusão venosa de solução contendo açúcar, sais minerais e água. O exame pode ser realizado sob assistência de um anestesiologista que cuidará da sedação necessária, permitindo assim que a colonoscopia transcorra sem desconforto.
Uma vez concluída a preparação, o paciente é conduzido à sala de endoscopia onde será recebido pela equipe médica responsável pelo procedimento. Após ser aplicada a sedação, o exame é iniciado. O colonoscópio (equipamento flexível, capaz de captar e transmitir as imagens do interior do intestino) é inserido per anus (ou por um estoma já existente) e o médico o faz progredir cuidadosamente, percorrendo todo o intestino grosso. É possível também examinar uma porção do intestino delgado. Nesse trajeto, quaisquer alterações identificadas ou lesões suspeitas são removidas pelo médico examinador com auxílio de instrumentos adequados e, em seguida, encaminhadas a estudo histopatológico.
Com que frequência é necessário fazer a colonoscopia?
Uma colonoscopia normal, realizada em condições técnicas adequadas (bom preparo intestinal, exame completo, etc) em um paciente de baixo risco, poderá ser repetido em 5 anos com segurança para o programa de prevenção de câncer. A periodicidade com que a colonoscopia deve ser realizada é individual e depende do resultado do exame prévio e do risco de cada paciente.
São considerados pacientes de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal aqueles que possuem histórico de câncer de intestino em familiares, e aqueles que possuem doenças que predispoem ao câncer de intestino (leia mais no tópico “Câncer Intestinal”).
Quais são as complicações da colonoscopia?
As complicações são raras na colonoscopia em que não é realizado qualquer procedimento. Nos exames chamados terapêuticos, a incidência é um pouco maior. Embora infrequentes, as complicações são potencialmente graves (hemorragia ou perfuração intestinal), eventualmente requerendo tratamento cirúrgico.
Uma das grandes vantagens da colonoscopia é tornar possível a remoção de pólipos sem a necessidade de uma cirurgia abdominal. Antes do surgimento do aparelho (o colonoscópio) somente era possível remover os pólipos, mesmo pequenos, através de uma cirurgia.
Quando devo marcar uma colonoscopia?
Antes de se submeter a uma colonoscopia, é necessário se consultar com o coloproctologista que executará o procedimento a fim de obter todos os esclarecimentos a seu respeito. Esse contato prévio aumenta em muito a segurança da intervenção, permitindo ao médico especialista conhecer em detalhe as condições clínicas do paciente e estimar adequadamente os riscos. Dessa forma, é possível individualizar todas as etapas do exame (limpeza do intestino, tipo de sedação, etc) às condições específicas de cada caso.
Alguma recomendação especial?
A colonoscopia é um exame empregado no diagnóstico e tratamento das doenças do cólon e do reto. Sua preparação e execução são de complexidade bem superior à de outros procedimentos mais rotineiros como endoscopia digestiva alta, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética. Por este motivo exige equipe experiente e com treinamento específico para que os bons resultados sejam alcançados com a devida segurança.
É bom lembrar que a colonoscopia não é capaz de avaliar totalmente as doenças anorretais. Algumas doenças do reto inferior e especialmente aquelas do canal anal são mais bem avaliadas com outro tipo de exame (a anuscopia) que é realizado em consultório com um médico coloproctologista. A melhor forma de assegurar que esses critérios sejam cumpridos é buscar os cuidados de um especialista associado à Sociedade Brasileira de Coloproctologia.